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Álcool e drogas não são fáceis de abandonar, pois estabelecem vários níveis e formas de dependência, desde a orgânica até a psicológica, ambas muito poderosas, que requerem esforços consideráveis para serem superadas.
Álcool e drogas são substâncias psicoativas, o que significa que possuem o poder de alterar o nosso estado de consciência.
Drogas são diferentes entre si, incluindo o álcool, pois possuem princípios ativos diferentes, mas o processo de dependência é mais ou menos o mesmo, para qualquer substância.
Basicamente, o “barato” se dá, porque a substância, álcool ou drogas, estimulam mecanismos do cérebro, que promovem uma descarga extra, mais intensa, de substâncias neurotransmissoras, como a endorfina, a serotonina, a noradrenalina, a dopamina e tantas outras.
Estas substâncias, em sua maioria, são as responsáveis por sensações de prazer, de euforia, de motivação, de desejo e vontade.
Quando acontece o aumento do fluxo destas substâncias no cérebro, nos sentimos felizes, empolgados, excitados e emocionados positivamente.
O problema que ocorre, está relacionado à grande capacidade de aprendizado e adaptação do cérebro.
Ao receber o estímulo externo para a liberação de taxas mais elevadas dos neurotransmissores, o cérebro “aprende” que não precisa se preocupar tanto em realizar a liberação natural, aquela que mantém o estado habitual de ânimo.
A primeira e mais relevante consequência deste novo “aprendizado” do cérebro, é que a taxa de liberação de neurotransmissores é drasticamente reduzida.
Como os neurotransmissores são as tais das substâncias da felicidade, podemos dizer, a grosso modo, que a felicidade também diminui.
Motivação, ânimo, excitação, alegria, e outras consequências diretas de bons níveis de liberação de neurotransmissores, despencam.
A única forma de repor esta liberação, é através do consumo de mais drogas, com maior frequência e em maior quantidade.
Isto alimenta o ciclo da destruição.
Os caminhos da liberdade:
Álcool e drogas são inimigos poderosos e seu maior potencial de dependência é ancorado numa síndrome, que agrega à necessidade mental da substância, ao processo químico do organismo.
Estamos falando da síndrome de abstinência, ou fissura, numa verdadeira sensação de desespero na ausência da droga ou do álcool.
As drogas:
As drogas normalmente são tratadas com o apoio indispensável de uma multiplicidade de recursos.
O grau de dificuldade em se livrar das drogas está relacionado com diversas variáveis, mas as mais preponderantes são o tipo de droga, a frequência de uso e a quantidade consumida.
Quanto mais tempo se usa uma droga e quanto mais forte for o seu potencial de alteração da consciência, maior tende a ser o nível de dependência que ela causa, assim como a velocidade mais rápida para tornar a pessoa dependente, a maior intensidade da síndrome de abstinência e o esforço geral para se livrar deste veneno.
Um agravante da situação, é que a maioria das drogas, não necessita de muitas ações para criar a dependência.
Cocaína, crack, heroína, opioides em geral, são poderosos viciantes, causando danos e dependência em espaços muito curtos de tempo.
O álcool e a dependência:
demora um pouco mais para causar a dependência, mas isto não significa que seja muito tempo.
afinal por ser liberado legalmente e por fazer parte da vida social de praticamente todas as pessoas, ambientes e circunstâncias, está exposto a uma quantidade maior de usuários, desde muito cedo.
Crianças acompanham a relação dos adultos com a bebida e, invariavelmente, estão inseridas nos cenários onde a bebida é o ator principal.
Palavras movem e exemplos arrastam.
Além de coabitarem com a bebida desde muito cedo, o álcool também passa a tendência ao alcoolismo através dos registros genéticos.
Quando alguém está diretamente sob influência do álcool e assume o posto de alcoólatra, os detalhes deste comportamento são registrados em seu mapa genético.
Quando este indivíduo tem um filho, esta criança carrega estes registros de alcoolismo em sua genética, o que faz dela, um potencial alcoólatra, que terá que passar a maior parte da vida evitando o primeiro gole, já que a tendência deste ato é a mesma para um alcoólatra adulto em remissão, que é a reincidência.
As opções de tratamento e cura da dependência as drogas:
Álcool e drogas possuem caminhos de tratamento similares, com algumas variações entre eles, e as drogas, como são várias, com efeitos e consequências diversas, também sofrem processos diferentes para cada tipo, por vezes com pequenas variações entre uma e outra, mas sempre respeitando cada particularidade.
O primeiro passo para se libertar do uso de álcool e drogas, é a DECISÃO.
Nada se consegue se o indivíduo não estiver convicto e decidido de que realmente deseja parar e enfrentar todos os desafios envolvidos nesta situação.
A partir desta decisão, os caminhos podem envolver alguma espécie de internação clínica do indivíduo, com o apoio de medicamentos de vários efeitos, normalmente indicados para provocar reações adversas ao uso da droga, do tipo que causa muito mal-estar caso a pessoa venha a consumir as drogas em conjunto com o remédio.
Outros grupos de medicamentos servem para aplacar a abstinência, a falta que a droga faz como agente de liberação dos tão desejados e necessários neurotransmissores.
primordialmente neste grupo, muitas vezes, são usadas variáveis de opioides, também psicoativos,
que causam menor dano que as drogas originais, mas suprem, em certa proporção, a sensação de vazio provocada pela interrupção do consumo.
Alguns medicamentos controlados também são usados na maioria dos casos,
como os tranquilizantes e ansiolíticos, que servem para aumentar o nível de controle da ansiedade, normalmente associada ao uso de drogas.
sobretudo do alcoolismo, a interrupção total do consumo também é necessária e vital para o bom andamento do processo.
Também existem medicamentos de apoio e resistência, e a terapia social e psicológica são relevantes para o sucesso na empreitada.
Portanto o grupo de autoajuda conhecido como Alcoólicos Anônimos apresenta ótimos resultados de recuperação na maioria dos casos, em suas unidades espalhadas pelo mundo.
Afinal o alcoolismo também prevê a internação, em muitos casos, o que costuma dar bons resultados.
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