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Coronavírus e drogas estão diretamente relacionados dentro do tecido social. O contexto de nossa sociedade pode ser impactado por esta pandemia, que gera um fato novo dentro de um cenário antigo.
A sociedade caminha a passos largos para o desenvolvimento, e como um organismo vivo,
as feridas que fazem parte do seu corpo crescem também, se tornam maiores, mais graves, mais marcantes.
O conjunto destas mazelas sociais abre espaço para a expansão de imperfeições,
as mesmas que funcionam como fato gerador da maioria dos problemas, incluindo as drogas, que acaba se consolidando como parte normal da sociedade.
É comum e normal problemas com drogas, vícios, perversão moral, comprometimento ético, degradação da vida,
apenas pelo fato de que estes elementos nocivos são as feridas do organismo que não para de crescer e por consequência, as feridas crescem também.
O Coronavírus é um dos maiores problemas de saúde pública da história, impactando a sociedade em praticamente tudo,
e talvez seja também uma grande oportunidade para o mundo se reinventar, rever conceitos, valores e métodos.
É preciso entender que a fuga social pode ser uma fuga da sociedade como um todo,
do próprio indivíduo, que não consegue conviver adequadamente com seus pensamentos e sua realidade, ou ambos.
Coronavírus e drogas se associam também na exposição do conjunto de problemas sociais, que são decorrentes da soma de todos os indivíduos.
Pode se entender que a pessoa escolhe, de alguma maneira, entrar para o mundo perdido das drogas na intenção de fugir da sua própria realidade,
mas não existe esta história de cada um ter “a sua própria realidade”.
O que acontece é que cada um tem a sua própria COMPREENSÃO do que é a realidade,
e a maioria das pessoas não possui carga intelectual suficiente para entender claramente o que é realidade,
o que é ilusão e onde estão as fronteiras que separam as duas.
Nem mesmo os gênios possuem esta capacidade.
“Onde existirem 2 pessoas argumentando, ali existirão 3 realidades: a realidade de um, a realidade do outro e a realidade!”
Um detalhe interessante nesta análise é que exatamente os maiores gênios ganharam destaque por se inquietarem com o que percebiam da realidade,
a ponto de se aprofundarem na pesquisa de suas observações e encontrarem respostas, que ao fim e ao cabo, levavam para novas perguntas.
“Tudo o que sei é que nada sei!”
Considerando tudo isto, a não compreensão da realidade não é exatamente o motivo,
mas a desculpa, pois jamais alguém vai poder afirmar que compreende completamente a realidade.
Por isso, pessoas que alegam a fuga da realidade como motivo para cair no mundo das drogas,
é na verdade, uma desculpa de sua inabilidade em viver.
As doenças sociais contribuem para o fortalecimento desta percepção de desajuste, e acabam contribuindo também, para um mergulho cada vez mais profundo na perdição das drogas.
Coronavírus e drogas habitam um mesmo patamar dentro da conjuntura social, onde o Coronavírus é mais imediatista, enquanto a droga possui permanência, durabilidade, sustentabilidade dentro de seu escopo.
As drogas vão se espalhando e consolidando na sociedade, enquanto o Coronavírus chega de forma imediata, quase de repente, e transforma a vida de cada habitante do planeta.
Coronavírus não pede opinião, ou espera preparação social, ele simplesmente avança, se alimentando da proximidade social, das relações humanas, daquilo que a sociedade possui de mais nobre e fundamental, a socialização.
drogas possuem em comum o seu resultado derradeiro: a morte.
Coronavírus e drogas fazem pensar, mas existem uma diferença importante entre as duas ameaças.
Enquanto as drogas coabitam com a sociedade há séculos, praticamente desde o início da racionalização humana, o Coronavírus é recente, uma novidade, tão novidade, que quase nada se sabe sobre ele.
As drogas arrumaram um canto na sociedade, alimentadas pelos que consomem suas ilusões fantasiosas de fuga da realidade, causam seus transtornos graves na sociedade, provocam a derrocada de muitas fatias sociais.
De alguma maneira, a sociedade aprendeu a viver com a ferida das drogas. Foram elaborados estudos, técnicas, tratamentos, teorias, filosofia e toda uma parte da ciência que se atém ao problema das drogas e busca as melhores formas de lidar com a dura realidade.
Algumas alternativas são bem-sucedidas, outras nem tanto, algumas curam realmente, mas o que se sabe é que o processo de libertação das drogas está relacionado à sociedade, mas a essência da transformação depende do indivíduo, e isto é o elemento complicador do tratamento. Afinal a motivação individual de quem está sob o domínio das drogas, é o fator principal de melhoria e transformação.
Se o indivíduo realmente quer se livrar das drogas, contudo os caminhos existem como internações em clínicas e o inovador tratamento com ibogaína, que promete tratar o paciente em 5 dias. Afinal esse método é comprovado em mais de 80 estudos realizados no mundo.
O Coronavírus é um agente novo num cenário onde já passaram, e continuam passando, muitos outros agentes.
Ele não é exatamente novo, pois seu agente, o COVID 19, como o próprio nome já diz, está em sua 19ª variação evolutiva.
Afinal isto significa que a classe viral do Coronavírus já permitiu identificar 19 versões de uma mesma cepa biológica.
Num exercício figurativo, daria para representar que o COVID 19 é a última evolução identificada da classe COVID, que já teve outros agentes anteriores, não com o mesmo poder letal e de propagação, mas com o mesmo processo biológico de atacar outros seres vivos, sobretudo, a humanidade.
Contudo, resolvendo os problemas sociais acaba resolvendo os problemas que tornam este cenário tão cruel, a ponto de as pessoas quererem se entregar às drogas, apenas pela fútil sensação de fugir da realidade.
Coronavírus é uma pandemia, uma ameaça mortal, partindo de um vírus, o que ensina mais uma coisa importante ainda: que vírus e seres humanos são únicos em comportamento no planeta, pois somente vírus e seres humanos destroem o ambiente onde vivem, matam seres de sua própria espécie de forma injustificada e se reproduzem em excesso.
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