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Drogas são estimulantes, em sua grande maioria, e provocam uma espécie de derrame químico das substâncias que geram os níveis de sensações no cérebro, já abordamos este enfoque.
Num primeiro momento, a euforia, a desinibição e o senso de poder e plenitude.
Talvez um dos maiores erros dos adultos, ao falar de drogas para os pequenos, é demonizar completamente algo que, numa eventual primeira experiência, o jovem perceba aquela sensação maravilhosa, e sua primeira reação, seja duvidar dos ensinamentos que recebeu até então.
Droga dá barato e a sensação é boa, e ponto final.
Isto precisa ser considerado em qualquer abordagem séria sobre o tema.
É claro que este “barato” e sensação de felicidade momentânea, que dura poucos minutos, cobra um preço existencial altíssimo, destruindo completamente a vida dos usuários.
O uso de drogas provoca alterações importantes em praticamente todo o organismo, afetando seu funcionamento, comprometendo sistemas e levando à degradação.
Os impactos são tanto orgânicos quanto psicológicos, pois a amplitude da ação das drogas no corpo, inicia por um ataque às suas partes mais importantes e nobres.
O cérebro, por exemplo, é minado em sua área mais importante, o lobo frontal, um conjunto responsável pelas funções mais especializadas do cérebro, como a memória de curto e longo prazos, por exemplo.
Sem memória de curto prazo, o primeiro prejuízo se dá na capacidade de aprender.
Se você não se lembra, não registra, se não registra, esquece, se esquece, não aprende.
Simples assim!
Mas as drogas não possuem só efeitos trágicos na mente, pois elas afetam fígado, coração, pulmões, sistema linfático, circulatório, esquelético.
Todo o corpo, de uma maneira ou de outra, e em alguma intensidade, é afetado pelo consumo indiscriminado e frequente de drogas.
Um dos males associados ao consumo frequente drogas, é um processo conhecido como “habituação”, onde o corpo passa a necessitar de doses cada vez maiores e índices de pureza cada vez mais elevados das substâncias consumidas.
Isto cria um ciclo vicioso de destruição muito difícil de reverter.
Tipos de drogas e suas características
Para entender o efeito das drogas no organismo, é preciso conhecer os seus diversos tipos e características.
Podemos definir que existem drogas lícitas e ilícitas, onde conhecemos bem de perto o álcool como a mais difundida das drogas lícitas, com impactos igualmente destrutivos no organismo humano.
Cigarros e derivados de tabaco também são considerados como drogas lícitas e, embora não possuam princípios neuropsíquicos importantes, além do vício, causam enormes e graves problemas gerais de saúde aos seus usuários.
Existem as drogas ilícitas, que podem ser classificadas em 3 grupos principais:
- Naturais: Drogas produzidas em condições naturais, normalmente derivadas de plantas em cultivo simples e direto, sem passar por processamentos químicos relevantes até sua condição final de consumo, onde podemos destacar a maconha e os opiáceos;
- Sintéticas: Este grupo de drogas já necessita de um sistema de produção em laboratório e de um processo químico e industrial para sua produção, com alto poder de impacto, podemos citar alguns dos maiores exemplos, como o ecstasy e o LSD;
- Semissintéticas: Um grupo intermediário, que parte da plantação natural e após a colheita, passa por um processo químico de preparação para o consumo, como a cocaína, o crack e a heroína, por exemplo.
O princípio do uso de drogas é alterar o estado de consciência em algum nível e isto se deve ao poder que estas substâncias possuem em afetar o sistema nervoso central.
Pelas características de sua ação no cérebro e no organismo, bem como pelas reações que provocam, estas drogas são classificadas como depressoras, estimulantes ou simplesmente perturbadoras do sistema nervoso central.