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A definição de droga segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) é:
“Droga é toda substância que tem a capacidade de modificar uma ou mais funções do organismo, seja ela lícita ou ilícita”
Quando se consome droga em excesso, provoca-se uma ativação direta do sistema de recompensa do cérebro, que envolve funções de reforço do comportamento e produção de memória, de forma tão intensa que causa negligência para com as suas atividades rotineiras.
Cada tipo de droga possui um mecanismo de ação distinto de ativação do sistema de recompensa, provocando uma forte vontade de voltar a utilizar a substância, de forma que o indivíduo não consegue pensar em mais nada, o que caracteriza a fissura (DSM-V). A alteração dos padrões e das funções cerebrais, que pode permanecer mesmo após a desintoxicação, associados à fissura pela droga, pode contribuir para recaídas frequentes e pelas taxas de insucesso no tratamento da dependência (NIDA, 2019).
O indivíduo começa a demonstrar um transtorno por uso de substâncias quando os comportamentos relacionados ao uso da droga são patológicos, estabelecendo um conjunto de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos, somado à falta de controle sobre o uso, degradação de padrões sociais e comportamento de risco no uso de determinada droga. Tais transtornos abrangem 10 classes distintas de drogas, sendo elas o álcool, a cafeína, a maconha, os alucinógenos, os inalantes, os opióides, os sedativos, os hipnóticos e ansiolíticos, os estimulantes (anfetamina, cocaína e outros), o tabaco e outras substâncias desconhecidas (DSM-V).
Os problemas mentais e comportamentais relacionados ao uso de drogas envolvem diferentes transtornos, com gravidades e sintomas diversos, que têm como característica comum o fato de serem atribuídos ao uso de alguma substância psicoativa, sendo ela prescrita ou não pelo médico ou outro profissional da saúde. Entre essa diversidade de transtornos, podem ser citados a intoxicação aguda, o uso nocivo/abusivo, a síndrome de dependência, a síndrome ou estado de abstinência, a síndrome de abstinência com delirium, o transtorno psicótico, a síndrome de amnésia e o transtorno psicótico residual ou de instalação tardia (CID-10).
A tolerância a uma determinada droga se destaca quando uma dose acentuadamente maior
é necessária para obter o efeito desejado ou quando um efeito notavelmente menor é obtido após o consumo da dose habitual. Já a síndrome de abstinência é desencadeada pela diminuição das concentrações séricas e/ou teciduais de uma determinada substância após se interromper um uso intenso e prolongado. Embora tolerância e abstinência não sejam obrigatórias para diagnosticar o transtorno do uso de substância, o desconforto e mal-estar provocados por elas acabam por induzir o indivíduo a consumir a droga novamente, buscando alívio dos sintomas que por sua vez apresentam grande variação e diferentes intensidades, podendo se manifestar com tremores, alucinações, confusão mental, convulsão e eventualmente até levar à morte.
Fonte: PTC – Faculdade de Farmácia – UFMG – Dep. De Farmácia Social – 2019
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